O “Seminário sobre Trabalho Decente”, um dos eventos realizados em preparação para a Conferência Nacional sobre Emprego e Trabalho Decente, debate diferentes pontos de vista sobre as dificuldades da inserção de deficientes no mercado de trabalho.
Para o Procurador-Geral do Trabalho, Luiz Antonio Camargo Melo, haveria resistência por parte dos empregadores, especialmente porque a contratação de pessoas deficientes demandaria investimentos em infraestrutura, treinamento e capacitação.
Já o consultor da Unidade de Relações do Trabalho da CNI – Confederação Nacional da Indústria, Alberto Borges de Araújo, pontua que existem inúmeras iniciativas de empresários para capacitação e treinamento de empregados com deficiência, citando o exemplo do SENAI, que qualificou mais de 100.000 pessoas.
Tem-se observado em muitas localidades que há pouco investimento estatal em termos de educação básica para pessoas com deficiência; a maior parte da estrutura de qualificação de deficientes vem de organizações não-governamentais ou escolas particulares.
Assim, se a ausência de mão-de-obra qualificada entre pessoas portadoras de deficiência é mais acentuada, esse fato parece ter íntima relação com a falta de investimentos e estrutura adequada para as pessoas deficientes, especialmente na rede pública.
O Seminário, ainda, discute a inclusão de jovens no mercado de trabalho, com a participação de integrantes da Organização Internacional do Trabalho e órgãos públicos federais. A Conferência Nacional é uma iniciativa governamental, lançada em novembro de 2010.
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