Uma pesquisa divulgada em junho deste ano indicou que o Brasil é o 2º país com mais usuários no Facebook, contando com 50 milhões de perfis de um total de 900 milhões de usuários, à época.
O Brasil é, também, o 2º em número de usuários do Twitter (33,3 mi, em fevereiro de 2012) e o 3º em usuários do Google+ (4,8 mi, em fevereiro de 2012).
A presença maciça dos brasileiros em redes sociais tem chamado a atenção das empresas em diversas áreas.
É comum que usuários de redes sociais veiculem informações profissionais para tentar exibir um “currículo”, ou mesmo para divulgar para outros usuários informações e notícias de interesse profissional.
Para algumas empresas, portanto, as redes sociais têm sido um meio de obter informações para o recrutamento de pessoal — atitude que é encorajada, desde que a busca por esses dados não importe em violação da intimidade do candidato.
Porém, o uso das redes sociais não se limita à divulgação de conteúdo profissional, sendo também utilizadas como um espaço para tratar de assuntos e divulgar opiniões pessoais.
Existe, assim, dificuldade de se-parar com clareza a conduta pessoal e profissional, não apenas porque os meios informatizados estão cada vez mais presentes no ambiente de trabalho, como também porque tem aumentado o número de empregados trabalhando a partir de suas residências.
Uma pesquisa divulgada recentemente apontou que 64% das empresas permitem que empregados de determinados cargos trabalhem de casa, no Brasil.
Nas redes sociais, essa dificuldade se amplia em função de dois fatores:
O primeiro é que a divulgação de informações ocorre de forma muito rápida. O usuário só precisa clicar em um botão para replicar o conteúdo para toda a sua lista de “amigos”, “seguidores” ou “contatos”.
Conforme o caso, essas informações podem ser exibidas até mesmo a usuários que não têm relação direta com a pessoa que originou o conteúdo, o que varia conforme as configurações de privacidade do usuário e da rede social.
O segundo fator, que está relacionado diretamente com o primeiro, é que se torna muito difícil remover um conteúdo publicado, depois de ter sido copiado e replicado por outros usuários.
O TST, por sua assessoria de imprensa, divulgou um texto muito interessante sobre situações envolvendo o uso de redes sociais e seu impacto no trabalho.
Nesse texto, são abordadas diversas situações em que os empregados, ao utilizar as redes sociais, praticaram excessos em relação a expressar opiniões sobre o trabalho ou a empresa, ou mesmo acabaram dando conhecimento ao empregador de terem cometido faltas disciplinares.
Se o empregado tem em sua lista de contatos também clientes da empresa, a situação pode tomar contornos ainda mais graves, tornando-se quase impossível separar a figura do usuário que divulga opiniões pessoais e a figura da empresa.
O texto, na íntegra, pode ser acessado aqui.